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Segredos da bioarquitetura

Júnia Leticia - Estado de Minas

Antigas técnicas construtivas ressurgem como alternativa viável e ecologicamente correta em várias obras que buscam seguir o conceito de usar ao máximo matéria-prima renovável

Eduardo Almeida/RA Studio

O gestor ambiental Túlio Assunção diz que o custo depende do acesso aos produtos

A preocupação com o meio ambiente e a preservação dos recursos não renováveis têm levado à criação de soluções que possibilitem a convivência equilibrada entre homem e natureza. Muitas pessoas se perguntam o que fazer com os resíduos da obra. Uma das soluções para isso é prevenir gastos desnecessários e é aí que entra a bioarquitetura.

Segundo o diretor da Oca Projetos Sustentáveis, o arquiteto Bruno Assunção, o conceito, que faz parte da arquitetura, busca construir com o mínimo de impacto ambiental, maior responsabilidade social e valores economicamente viáveis. "As técnicas construtivas são, na grande maioria, feitas com matérias-primas naturais renováveis. Na bioarquitetura é preferencialmente usada mão de obra e material locais", conta.

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Conforme o bioarquiteto da Padrões Naturais Soluções Sustentáveis, Cristóvão Laruça, mais do que um simples projeto de arquitetura, o conceito envolve um ecossistema em que tudo é cíclico e não linear. "A bioarquitetura procura sempre provocar o máximo impacto ambiental positivo, em vez de se limitar a causar o mínimo impacto ambiental negativo", explica.

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Para viabilizar esse tipo de construção, o gestor ambiental Túlio Assunção fala que existem diversas técnicas bioconstrutivas e sua viabilidade financeira depende do acesso à matéria-prima e mão de obra. "É necessária uma análise dos recursos da região para que se escolha a técnica construtiva adequada. Como exemplos, temos as técnicas vernaculares, como as taipas e adobe, outras mais recentes, como o superadobe e o solocimento, telhados verdes (vegetação), tratamentos biológicos de água, fossas por bacia de evapotranspiração, entre outras".