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             Reaproveitamento da 
            casca de coco
   Ao tomar uma 
            simples água de coco na praia, a pessoa mal imagina o impacto que 
            causa no meio ambiente: cada copo com 250 ml da bebida gera mais de 
            um quilo de lixo. Em grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro 
            por exemplo, são geradas 600 toneladas de resíduo por dia com o 
            consumo do coco verde. Os custos do manejamento desses restos também 
            não são nada baratos: para que uma tonelada deste material seja 
            recolhida, encaminhada e mantida em aterro sanitário, são gastos, em 
            média R$ 130. Como se não bastasse, a decomposição da casca leva, 
            pelo menos, dez anos – tempo que, sem dúvida, deixa um impacto 
            negativo no meio ambiente.   |  
        
           
             O panorama acima parece assustador, a ponto de 
            desencorajar qualquer um a tomar uma deliciosa e gelada água de coco 
            em dias quentes. Porém, existem soluções simples e perfeitamente 
            executáveis para transformar essa realidade. Projetos de 
            reaproveitamento das cascas de coco têm crescido nas cidades e se 
            tornado solução para este problema. Um dos pioneiros neste 
            movimento, Philippe Mayer, que está à frente do Projeto Coco Verde, 
            explica que esse resíduo sólido pode, facilmente, tornar-se um belo 
            exemplo de desenvolvimento sustentável.
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             Basta reutilizar a casca de coco em reciclagem e 
            produzir novos produtos, como vasos, placas, tutores, vasos de 
            parede, substratos, adubo orgânico e materiais para tratamento 
            acústico sem utilização da látex. “Basta ter criatividade”, ensina 
            Philippe. Ele ainda explica que a reciclagem da casca de coco é um 
            poderoso gerador de emprego e fonte de renda, uma vez que cria um 
            novo posto de trabalho a cada 20 toneladas por mês que são 
            reutilizadas.
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             Além de resolver o problema de acúmulo de 
            resíduos, o projeto ainda sugere uma alternativa que pode fazer 
            diferença ao proteger uma espécie de planta ameaçada de extinção: a 
            samambaia-açu. Desta planta – que é encontrada na Mata Atlântica e 
            cresce de um a dois centímetros por ano – é extraída a matéria prima 
            para confeccionar o xaxim, um utensílio largamente utilizado em 
            jardinagem. Esta planta consta da listagem oficial de espécies 
            ameaçadas de extinção e, apesar de sua extração estar proibida por 
            resolução da CONAMA desde maio de 2001, sua venda continua a 
            acontecer, indiscriminadamente, em todo o país.
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             ENTRE EM CONTATO COM O PROJETO COCO VERDE: 
            www.projetococoverde.com.br
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