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AMBIENTE
Flagrado
depósito clandestino de xaxins
Fiscais e
policiais recolheram ontem quase 600 peças tranformadas em vasos em Lindolfo
Collor, no Vale do Sinos
GÉSSICA TRINDADE
Casa
Zero Hora/Vale do Sinos
gessica.trindade@zerohora.com.br
Uma operação envolvendo fiscais ambientais e policiais militares revelou na manhã de ontem um depósito clandestino de xaxins na zona rural de Lindolfo Collor, município do Vale do Sinos.
No Estado, esta foi a maior apreensão no ano de xaxim, espécie em extinção.
Ao todo, foram recolhidas 580 peças transformadas em vasos, 12 metros cúbicos de resíduos de xaxins e outros 2,8 metros cúbicos de facas e estacas confeccionadas com o tronco. Desde 1992, a extração, o transporte e o comércio dessa espécie são proibidos pelo Código Florestal do Rio Grande do Sul. Em maio do ano passado, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estendeu a proibição a todo o país. Na operação de ontem, participaram fiscais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e PMs do Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar.
O proprietário do depósito, cujo nome é mantido em sigilo para a continuidade das investigações, recebeu multa de R$ 65 mil da Sema. Segundo a chefe da Divisão de Cadastro Florestal da Sema, Adelina Zilli, o material apreendido seria procedente de Santa Catarina. Um xaxim com 1m50cm de altura é considerado centenário. Em Lindolfo Collor, foram descobertos exemplares de até dois séculos, segundo os técnicos.
A operação visava inicialmente as floriculturas da Região Metropolitana, dos vales do Sinos e do Caí. Em um estabelecimento de São Leopoldo, no bairro Scharlau, os fiscais depararam com 90 vasos de xaxins à venda na última quinta-feira.
A floricultura pertence ao mesmo proprietário do depósito clandestino descoberto ontem. Nos últimos seis meses, as multas por atividades ilegais com essa espécie somaram R$ 205 mil. Conforme Adelina Zilli, o caso será encaminhado ao Ministério Público para representação por crime ambiental.
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Xaxins
são retirados clandestinamente de seu hábitat para ser vendidos
ilegalmente no comércio: |
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